A tal da vida...

É com estas tragédias que acontecem mesmo ao nosso lado, que mexem com o nosso "mundo-umbigo", que repensamos de facto nos valores e critérios por que orientamos a nossa vida, as nossas escolhas.

Por vezes é da pior forma que a vida nos ensina que a vida é um dom, um bem precioso e que está aqui para ser vivida! Está qui para ser sentida e absorvida por todos os poros do nosso ser! Quem não arrisca, quem não ri, quem não reage, quem não luta, quem não abraça, quem não corre, quem não grita, ... de que vale ter vida se não a vivermos? De que vale ter a capacidade de amar se não se tiver quem se ama? De que vale chorar se não soubermos saborear a alegria? No fundo, de que serve viver se não houver vida?

É tão curta. Tão rápida. Tão serena e malvada.

Com o meu "mundo-umbigo" afectado, repensei tudo. As palavras que ficariam por dizer, os silêncios que ficariam por oferecer, os abraços que faltariam distribuir, os sorrisos que faltariam fazer brotar,... A minha vida é tão curta e ainda tenho tanto que fazer!

Odeio futebol, decidi que vou aprender a amá-lo.
Detesto pessoas falsas, decidi que vou tentar percebê-las.
Decidi que, a partir de hoje, a preguiça vai dar lugar ao esforço.
Vou emendar, remediar, todos os meus erros.
Vou abraçar a minha irmã todos os dias e dizer-lhe que é a pessoa mais importante da minha vida.
Vou tentar ser mais paciente com o meu pai.
Vou dar o melhor abraço do mundo à melhor mãe do mundo.
Vou ligar às minhas miúdas e dizer que não vivo sem elas.
Vou dizer perdoar-me a mim mesma dos meus erros.
Vou aprender a pedir desculpa.
Vou aprender a perdoar.
...

Tenho tanta coisa para fazer nesta vida e ela é tão curta!