quinta-feira, 24 de junho de 2010

Afinal...

Eu era daquelas pessoas que tinham teorias para tudo.
Daquelas para quem tudo tinha que fazer sentido, se não, não haveria motivo por fazer o que quer que fosse.
Daquelas que acreditava piamente que a lógica era soberana.

Eu era daquelas pessoas que acreditava que a felicidade vinha numa caixa de cartão endereçada a mim depois de uma luta intensa contra o dragão. Acreditava que, depois de o matar, a caixinha de cartão, daquelas que vêm pelo correio, trazia um presente.


A vida resolveu dar o ar da sua graça e mostrar que o mundo não é assim:
Só luta quem quer.
Só perde quem fica a chorar sobre o leite derramado.
Só ganha quem sabe viver.
Só é feliz quem aproveita os pequenos momentos que a vida lhe proporciona.
Não há correio. Não há presente. Não há nada disso.
A felicidade está mesmo em aproveitar os momentos.
Saber saboreá-los sem exigir nada em troca.
Já percebi que exijo demais.
Exijo mais do que faço.
Exijo mais do que pensava.
Para quê? Chegamos ao fim da nossa vida, olhamos para atrás e pensamos, afinal o quê que eu vivi?
Eu quero ver que VIVI MUITO!
Que chorei muito!
Que sonhei muito!
Que corri muito!
Que sorri muito!
Se é para viver, que seja tudo em MUITO!
Se não for em MUITO, não tem piada.

3 comentários:

Lili disse...

Eu acho que estou mais ou menos em fase de aceitação disso tudo...

Trintona(inha) disse...

"Se é para viver, que seja tudo em MUITO!"

Que grande verdade!
E, na maior parte do tempo, sabe tão bem, não é?

:-)

Cotcha disse...

MUITO e em MUITA QUALIDADE! ;D